sábado, 31 de março de 2012

Dr. Newton Novato

Palmira Luiza Novato Faleiros

Dr. Newton Novato nasceu em Patrocínio Paulista em 28 de novembro de 1926 sendo seus pais, Augusto Novato, farmacêutico e Assunta Púglia Novato. Foi casado com Nilza Bernardes Novato, tendo com ela, seus filhos Newton Roberto Bernardes Novato (engenheiro eletricista pela FAAP) e Sergio Fernando Bernardes Novato (engenheiro aeronáutico pelo ITA). Dos casamentos dos filhos nasceram 5 netos (Fernando,médico, casado com Andrea; Newton Novato Neto, médico,casado com Mariana; Ana Carolina, casada com Cleberson Silva, Julio Augusto e Nilza Beatriz e a bisneta, Manuela).
Em Patrocínio Paulista, fez o antigo primário no Grupo Escolar de Patrocínio Paulista, atual “Irmãos Matos” onde obteve os conhecimentos necessários para seu ingresso no Ginásio do Estado de São Paulo e Instituto Estadual de Educação Torquato Caleiro em Franca onde frequentou o ginasial e colegial— cientifico — concluindo estes estudos com a primeira turma da escola.
Escolhendo a medicina como profissão, chegou com mérito a vida acadêmica na Universidade do Brasil — Faculdade de Medicina — na Praia Vermelha, Rio de Janeiro. Em 1951 concluiu sua graduação de médico, ocorrendo no mesmo ano seu registro no CREMESP — Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo. Como aluno da Faculdade de Medicina fez várias especializações, com o Dr. Pedro Moura em serviços da Santa Casa do Rio, na Pró-Matre do Rio de Janeiro foi acadêmico por concurso por três anos consecutivos e especilizou-se com destaque em cirurgia geral . Na Faculdade de Medicina - USP - Ribeirão Preto especializou-se em medicina do trabalho.
Em Franca, médico do IAPB exerceu a chefia do serviço. Como médico do SAMDU-Franca teve oportunidade em demonstrar sua virtude e formação humanitária se distinguido em atendimento aos carentes, procedimento adotado em sua longa carreira.
Na comunidade médica de Franca exerceu funções de real importância. Ensinou Higiene do Trabalho na Escola Industrial Dr. Julio Cardoso. Foi Diretor Clínico da Santa Casa, Conselheiro do Conselho Regional de Medicina, foi Diretor Clinico e Diretor Administrativo do Hospital Regional de Franca, Superintendente e Presidente da UNIMED, Coordenador do INAMPS -— SUS - foi perito médico judicial – medicina forense — ocupando também a função de assistente técnico em ações judiciais.
Tornou-se rapidamente, pelo conhecimento e simpatia profissional, referencia do exercício da Ginecologia e Obstetrícia local. Formando-se também advogado pela Faculdade Municipal de Direito de Franca e unindo as especialidades passou a atuar como perito do Poder Judiciário. Nunca parou. Segundo Sérgio, seu filho, que auxiliou no levantamento de dados biográficos do pai, Newton mantinha-se em pleno trabalho até janeiro de 2008, pouco mais de dois anos antes de seu falecimento, quando formulou um laudo para a justiça de Orlândia.
Paralelamente a vida profissional foi notável empreendedor e defensor classista. Integrou os primórdios do grupo de médicos que deu origem a Unimed Nacional e tornou-se um dos vice-presidentes da entidade que se tornaria cooperativa nacional. Em Franca, participou da construção da sede da organização no bairro São José e atuou como presidente e superintendente. Também compôs o grupo que criou e construiu o Hospital Regional de Franca. Em sua gestão como diretor do Centro Médico foi construido o prédio-sede desta entidade, na rua General Carneiro. Foi árduo defensor de movimentos de defesa da classe. Em casa, segundo o filho Sérgio, foi "pai presente, motivador do estudo dos filhos, exemplo de trabalho e de caráter". Como cidadão, apoiou o Clube de Campo e o Clube dos Bagres. "Até no futebol da Francana, quando isso era necessário, atuou. Lembro-me de ter feito algumas viagens com ele por estradas de terra, quando acompanhava o time em partidas memoráveis”.
Em 6 de setembro de 1991 através de projeto do vereador Roberto de Oliveira Motta, recebeu a honraria de ser reconhecido cidadão francano pelo legislativo, fato justificado nos vultosos serviços prestados a comunidade.
Recebeu ainda em Franca homenagens, do Hospital Regional e Unimed, entidades que ajudou a fundar, do JUS —Jornal de União e Serviços da 13“ Subsecção da OAB, onde exercia funções de perito médico judicial - medicina forense — ocupando também a função de assistente técnico em ações judiciais. E agora, a pedido de Dr. Cristovão Barcellos, seu grande amigo e colega dos bancos escolares, prestamos através deste uma singela homenagem desta terra que o viu nascer e que acolheu seus restos mortais.
Esteve sempre presente em sua terra natal, através da ligação com seus parentes e amigos entre eles nosso estimado Dr. Cristovão Barcellos.
Faleceu em 5 de novembro de 2010, sendo velado no São Vicente de Paulo onde recebeu a homenagem de seus companheiros de profissão, amigos e familiares, foi sepultado no mesmo dia em jazigo da família no Cemitério Municipal de Patrocínio Paulista, cidade onde nasceu.
Recebeu homenagem “póstuma” da Unimed Franca como um de seus fundadores, durante as festividades de 40 anos desta entidade na cidade.
Obs.: Dr. Newton era neto paterno do Capitão João Novato c.c. Luiza Dias Pereira filha de João Batista Dias um dos fundadores de Patrocínio do Sapucaí, c.c. Furtunata Vieira Dias Pereira, neto materno de José Púglia e Luisa, Italianos que para cá vieram nos primórdios da colonização de nossa cidade.
Fontes consultadas:
Garcia Neto, Filhos deste Solo: Medicina e Sacerdócio. Páginas : 211 à 216
Jornal COMÉRCIO DA FRANCA – 7-11-2010
Jornal JUS da OAB - Franca
Entrevista com seus filhos.

quinta-feira, 15 de março de 2012

A Historia de Patrocínio Paulista

Patrocínio Paulista - Origens e Desenvolvimento
                                                                          
                                                                                Palmira Luiza Novato Faleiros

                      No decorrer do século XVIII o habitante primitivo, Caiapó, ainda na idade da pedra lascada vivia, da caça, pesca, coleta e roças rudimentares vagando pela vasta região compreendida desde o Nordeste Paulista, o Triangulo Mineiro e a parte meridional de Goiás, pertenciam à Nação Tapuia, ao grupo fonético Gê, eram chamados pelos Tupis de Ubirajara (senhor do tacape, lança e borduna) devido ao adestramento que tinham com estas armas, aos poucos foram sendo dizimados por doenças características do brancos ou acossados por estes se retiraram para a região amazônica onde ficaram por anos afastados da civilização. (Documentos Interessantes –Vol. XI).
                      Cerca de 1722 a passagem pela região da bandeira do II Anhanguera, seguindo os passos de seu pai (Bartolomeu Bueno da Silva, o I Anhanguera), visava descobrir o caminho de Goiás, e consequentemente as minas de ouro que lá sabia existir. Logo em seguida foi doada uma sesmaria a Bartolomeu Bueno de Abreu, companheiro do Anhanguera, na região no chamado pouso do Caiúruçu.
                      No período ocorrido entre 1726 a 1735 ouve a vinda dos primeiros “entrantes” para a região de acordo com a tradição oral, talvez incentivados pela existência de pedras preciosas.
                      Entre 1833 e 1855 ouve a criação e desenvolvimento na região, da Freguesia de “Santa Barbara das Macaúbas” povoada pelos garimpeiros de pedras preciosas existentes no leito dos rios Santa Barbara e Sapucaizinho, localizada no “Barro Preto” na confluência dos referidos rios. Teve eleição para juiz de paz em 1º de junho de 1833, sendo eleito José Justino Faleiros, vereador em Franca e morador na fazenda do Jardim das Macaúbas.
                      Na época já existia a Fazenda de Santa Bárbara, cujo fazendeiro, provavelmente José Eduardo de Figueiredo convivia pacíficamente com os garimpeiros. (Saint Hilair).
                      Com o passar do tempo outros fazendeiros da região se indispuseram com os garimpeiros e peticionaram ao governo provincial que extinguisse a freguesia, o que ocorreu em 1855 *. As autoridades francanas compareceram ao local com as ordens do governo provincial e pediram aos moradores do local para que se retirassem da freguesia, o que fizeram sem impor resistência. Mais tarde seus ranchos foram queimados pelos fazendeiros para que não voltassem a habitá-los. (VER Santa Barbara e seus .... comunicação ao VII Simpósio de História – BH - PLN)
                      Os garimpeiros, sabendo da riqueza em pedras existentes no local, não desistiram de procurá-las, apenas mudaram para imediações, onde não eram molestados e procuraram se precaver comprando terras, onde pudessem morar e praticar suas atividades legalmente, e assim foi que se cootizaram e adquiriram uma parte de terras situada á margem esquerda do rio Sapucaizinho onde sabiam que existiam em abundancia as pedras que tanto desejavam. (Escritura de Doação das terras foi lavrada no Tabelionato de José Ferreira Mendes, em Franca SP e cópia da mesma foi anexada ao Livro do Tombo nº 1 da Paróquia de Patrocínio Paulista).
                      Em 1867 rezou-se a primeira missa no então Garimpo do Sapucaí. Em um rancho improvisado à ponte do Rio Sapucaí. Relato feito ao Padre Heriberto por Antônio Bernardes Pinto que auxiliou na missa.
                      A doação do terreno a Nossa Senhora do Patrocínio ocorreu em 1869, terreno este destinado à futura Freguesia. Os garimpeiros João Carolino Dias, José Joaquim Rouco, o comerciante Major Álvaro Carvalho Pinheiro de Lacerda, o fazendeiro Venâncio José do Nascimento, Joaquim Carlos Monteiro e outros interessados na fundação de uma povoação, promoveram uma subscrição pública e com o dinheiro arrecadado adquiriram uma parte de terras da Fazenda do Turvo, naquela época pertencente ao Major Antônio Joaquim do Nascimento, doando o mesmo à Fabrica da Igreja Nossa Senhora do Patrocínio.
                       O documento de doação foi passado em nome de Joaquim Carlos Monteiro e sua mulher no Tabelionato de José Ferreira Mendes, em Franca, a 14 de julho de 1869. Cópia deste documento foi tirada a 16 de janeiro de 1895 e anexada à folha 2 do Livro Tombo nº1 da Paróquia de Patrocínio Paulista. No Livro do Tombo, foi também afixada a folha de assinatura daqueles que fizeram a subscrição pública, colaborando para adquirir o patrimônio, mas infelizmente ela não mais se encontra no mesmo, vítima das intempéries do tempo ou de pessoas inescrupulosas que desconhecem a importância da documentação histórica, resta-nos os relatos de Pe.Heriberto Goettersdorfer (1905), transcritos no Livro Tombo referido acima, no Almanaque de Patrocínio Paulista em 1985 e da tradição oral através de pessoas que ouviram relatos de seus antepassados. (Ver monografias de Carmelino Corrêa Junior e Anais do VII Símpósio de Professores Universitários de História)
                       Após a doação do Terreno à fabrica da Igreja de N.Sª do Patrocínio a povoação cresceu rapidamente e foi elevada a Freguesia pela lei nº 17 de 30-3-1874, a 10-3-1885 passou à Vila pela Lei nº 23 e a lei nº 80 de 25-8-1892 elevou-a a Comarca.
                      Em 1892 surge em Patrocínio a primeira banda pertencente à conferência de São Vicente de Paulo, proprietária dos instrumentos da mesma e que ficou conhecida como “Banda Musical Filarmônica” e que era regida pelo Maestro Firmino do Nascimento. Em 1898 passou a integrar esta banda Manzi Antônio que veio para Patrocínio como agente do correio e como possuía bons conhecimentos de música assumiu em 1900 a regência da mesma, passando a ser conhecida como a “Banda do Maestro Manzi Antôni o”. Esta corporação musical passou então a abrilhantar as noites patrocinenses alegrando assim a população daquela época.
                O Sr. Joaquim Garcia Paiva Junior para cá mudou com sua família, e com os conhecimentos que travou com a população, também quis montar a sua banda, recebeu muita colaboração conseguindo seu intento, e a cidade foi, assim, brindada com mais uma corporação musical: a “Banda do Maestro Garcia”.
                       Em 1905 com a extinção da banda de Manzi Antônio os músicos das duas corporações passaram então a tocar juntos. Com a mudança do maestro Garcia para a Fazenda a regência foi entregue a Joaquim Braz de Figueiredo e só nos fins de semana o maestro Garcia vinha à cidade e executava as belas composições que compunha durante a semana. A banda exerceu atividades constantes até 1908 e só voltou a funcionar em 1911, sendo que nesse período os instrumentos foram recolhidos pela Câmara Municipal.
                       Em 1905 o padre Heriberto Goettersdorfer escreve e lança no Livro Tombo da Igreja Matriz minuciosos “Apontamentos Histórico Geográphicos sobre Patrocínio de Sapucahy”, primeiro trabalho sobre nossa cidade.
                      A 1-11-1908 foi inaugurada a “Santa Casa de Misericórdia” de Patrocínio de Sapucaí, em prédio doado em 1905 pelo Cap. João Novato para esta finalidade, situava-se na esquina da rua 13 de maio com a Sargento Tomás, e contava com uma comissão de agenciadores de recursos composta pelos Srs. Cel. João Villela dos Reis, Cap. João Evangelista da Rocha, Cap. Manoel Jorge Medeiros da Silva e como tesoureiro o Cap. João Novato. Assim, iniciou o funcionamento de tão importante instituição para a nossa cidade. Muitos anos após, sentindo-se a necessidade de mudanças impostas pelas circunstâncias da época foi composta nova comissão para construção de novo prédio cujo relato será feito abaixo.
                       Em 1911 o maestro Garcia através de Joaquim Braz de Figueiredo pede à câmera a doação dos instrumentos e a reativação da banda. Neste ano o Capitão João Novato compra novos instrumentos e os doa ao Maestro Garcia melhorando assim a banda.                                           No dia 7 de setembro de 1911 nasce José Novato Dias, filho do benfeitor da corporação musical que passa então a se chamar “Banda Sete de Setembro” em homenagem ao filho daquele benfeitor. Em 1924 falece em Patrocínio do Sapucay o Capitão João Novato. (Ver Almanaque pag. 175/177).
                      Em 1915, surge a imprensa em Patrocínio, demonstrando claramente o progresso a que chegara esta pequena cidade. Este fato ocorreu com o primeiro  jornal  “A Justiça” de propriedade de seu também Diretor o Capitão João Novato. Seu redator era o conceituado José Nascimento a quem Sabino Loureiro endereçou uma carta de cumprimentos transcrita no primeiro número do mesmo. Este primeiro jornal sendo o único no município passou a funcionar como um órgão oficial, publicando os Atos da Câmara Municipal e da Prefeitura.
                     O Jornal “A Justiça” teve vida longa em Patrocínio sendo que nos Arquivos Municipais encontra-se uma boa quantidade de seus exemplares relativos aos anos de 1924 e 1925, não se sabe porém quando deixou de ser publicado.(ver AHPP pag.118). Outros jornais circularam em nossa cidade, sendo “O Progresso”, que embora tendo períodos em que não circulou foi o que teve maior duração e grande importância em nossa cidade. (ver AHPP).
                      Em 1916 falece o grande político patrocinense Coronel Estevam Marcolino de Figueiredo, filho do Capitão José Eduardo de Figueiredo e de D. Mariana Delminda de Figueiredo, foi vereador, deputado estadual e federal e sempre defendeu os interesses de sua querida terra, grande perda sofreu a política do município, do estado e do país.
                     A Câmara de Vereadores editou em 17-12-1921 o “CÓDIGO DE POSTURAS MUNICIPAIS DE PATROCÍNIO DO SAPUCAY”, promulgado pelo então prefeito Antônio Joaquim de Alvarenga através da Lei nº 22/21. Este documento possui trezentos e quatro artigos e dez tabelas e por ele os vereadores regulavam os poderes do município, assim como disciplinavam a política sanitária, a segurança pública, os salários dos servidores e também as normas fiscais e urbanísticas. Este é um “pitoresco documento” que trata de preceitos da mais variada ordem como de matéria constitucional, administrativa, processual, tributária e Penal. Mais detalhes no interessante capítulo DURA LEX, no Almanaque Histórico de Patrocínio Paulista, coordenado pelo saudoso Dr. Carlos Alberto Bastos de Matos, pag. 186.
      Em 1924 Patrocínio perde dois expoentes de sua história:
                       A 13 de junho de 1924, faleceu em nossa cidade o Capitão João Novato considerado o 1º benemérito da Santa Casa de Misericórdia de Patrocínio Paulista, contava 60 anos de idade, era viúvo de D. Luiza Dias Pereira, tinha 7 filhos, foi homenageado por necrológio do Jornal o Progresso de 15-6-1924.
                       A 19 de novembro de 1924, faleceu o poeta Jorge Faleiros, patrocinense nascido a 3-11-1898, filho de Francisco Cândido de Assis Falleiros e D. Ana Claudia Falleiros faleceu em São José dos Campos, SP com apenas 26 anos de idade. Poeta muito culto e de grande sensibilidade nos legou belos poemas que foram editados em seu livro póstumo “Nirvana”. Este livro foi reeditado com acréscimos durante o mandato do Prefeito José Milton Faleiros. O nome de Jorge foi dado pela lei nº 4.418, de 26-11-1957 ao Ginásio Estadual de Patrocínio Paulista que passou a chamar-se Ginásio Estadual “Jorge Faleiros”.
                       A 30 de setembro de 1941 foi fundada a Cooperativa de Laticínios de Patrocínio do Sapucaí Ltda., no distrito de Itirapuã, Município de Patrocínio Paulista, quando subscreveu um capital de trezentos e nove contos de réis. Mais tarde sua sede se transferiu para Patrocínio Paulista e chegou a produzir todos os sub produtos do leite como queijos de vários tipos, destacando-se entre eles o famoso parmesão marca “DOLLAR”, Manteiga, caseína e lactose. Esta importante cooperativa chegou a abranger um amplo raio de ação congregando os municípios de Itirapuã, Franca, Restinga, Pedregulho, Cristais Paulista, Jeriquara, Rifaina, Igarapava, Ribeirão Corrente, Buritizal e Ituverava no Estado de São Paulo e em Minas Gerais os de São Tomaz de Aquino, Capetinga, Ibirací e Claraval, sendo que em 1971 congregava 547 associados, com um capital de CR$ 644.871,95. Era filiada à Cooperativa de Laticínios do Estado de São Paulo, entregando a ela cerca de 35 000 litros diários que eram distribuídos á população com o nome de “Leite Paulista”.
                     A 2 de junho de 1943 foi fundada a Cooperativa Agrícola Mista de Patrocínio do Sapucay, que se propunha a fornecer bens de consumo necessários à lavoura. Mais tarde foi integrada à cooperativa de Laticínios passando a fazer parte do Departamento de Compras e Vendas desta cooperativa.
                      Em 1950 foi Inaugurado o primeiro Posto de Assistência Médico-Sanitária (PAMS), criado pelo Governo Estadual em julho de 1949. Funcionava em prédio alugado situado na esquina da rua Major Álvaro com a rua João Villela, tendo a finalidade de proporcionar assistência médica gratuita a crianças e adultos, vacinação de crianças e fiscalização sanitária em residências e estabelecimentos comerciais.
                      A “Escola Estadual Jorge Faleiros” foi criada, pelo ato publicado no DOE de 30 de dezembro de 1953, tendo como mentor o Sr. José Alves de Souza Faleiros Júnior (Juquinha Faleiros), professor e farmacêutico na cidade.
                      O Frigorífico Sapucaí Paulista S/A a 10 de março de 1955 passa a fazer parte da Cooperativa Industrial Agropecuária de Patrocínio Paulista, prestando serviços a seus associados, abatendo o gado de corte necessário, fornecendo carne verde aos açougues da região, produzindo grande quantidade de embutidos e também produzindo charque, sebo e outros derivados que o comercio regional necessitava.
                       A Cooperativa de Crédito de Patrocínio Paulista de Responsabilidade Ltda., foi criada a 1º de abril de 1956, visando o suprimento do capital de giro de todas as demais cooperativas em funcionamento no município. Em 26 de outubro de 1977 seu saldo positivo foi assumido pelo Banco do Estado de São Paulo (BANESPA), cuja agência foi inaugurada no mesmo prédio da cooperativa liquidante.
                      A Cooperativa dos Cafeicultores de Patrocínio Paulista foi fundada em 7-11-1959.
                      A Cooperativa de Consumo foi fundada em 1º de julho de 1961, de grande utilidade para os consumidores em geral, permaneceu ativa por quase 11 anos, prestava bons serviços à comunidade e encerrou suas atividades em 18-2- 1972.
                      O Posto de Assistência Médico-Sanitária recebeu através da Lei Municipal nº 166 de 17 de fevereiro de 1958 do Prefeito em exercício Sr. Ederval José dos Reis, a doação de um terreno com a dimensão de 900m quadrados, sito à rua 10 de Março, para a construção do prédio do referido posto, o qual foi construído em dois pavilhões pelo Instituto de Previdência do Estado e inaugurado em 5 de dezembro de 1961 passando a funcionar na mesma data como divisão de atendimento para adultos e crianças.
                       O Posto de Assistência Médico-Sanitária (PAMS), se transformou no Centro de Saúde IV pertencente ao Distrito Sanitário 6-3, de Franca, de acordo com a publicação da Secretaria de Saúde no DO em 18-3-1970.
                       O CLUBE HIPICO DE PATROCÍNIO PAULISTA foi fundado em 29 de junho de 1964, tornando-se realidade o sonho de vários Patrocinenses amantes do hipismo.
                       O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Patrocínio Paulista e Itirapuã, SP. Foi fundado por iniciativa do Sr. Emílio Bertoni, e com a presença de 204 pessoas, todas residentes neste Município de Patrocínio Paulista, SP, foi inaugurado e passou a funcionar no dia 27 de setembro de 1970.
                        A produção da Cachaça Elisa inicia-se na Fazenda Santa Elisa, empresa familiar fundada em 1972 no município de Patrocínio Paulista pelo professor Norte Americano Bruce Baner Johnson, radicado no Brasil, que se apaixonou pelo país, pela cultura e pela cachaça. Casou-se nos anos 60 com uma brasileira natural de Patrocínio Paulista, neta de produtores de cachaça, e passou anos estudando e desenvolvendo uma metodologia exclusiva e inovadora para aperfeiçoar a produção dessa iguaria nacional até iniciar a produção da sua própria cachaça, a Cachaça Premium Elisa.
                      A Igreja Evangélica Assembléia de Deus, foi fundada nesta cidade em 1973, por alguns fieis vindos de Franca S.P visando a propagação do Evangelho, ou seja, a verdadeira palavra de Deus.
                        O Sindicato Rural de Patrocínio Paulista foi fundado em 1976 por homens abnegados tais como Juca de Andrade, Tarcísio Leite, o jovem Edson Castro do Couto Rosa e outros, que criaram os estatutos sociais constituindo assim, de direito e de fato, uma nova entidade em Patrocínio Paulista para representar a agropecuária.
                       Fundação da entidade que recebeu o nome de “Centro Espírita Cristo Consolador” em 12 de Setembro de 1976.
                       O Centro Comunitário “Maria do Rosário” surgiu em Patrocínio Paulista como uma nova entidade filantrópica, sem fins lucrativos, fundada em 29 de outubro de 1979, com verba do governo estadual através da Secretaria de Promoção Social e com verba do governo municipal. Surgiu da iniciativa de diversas pessoas da comunidade patrocinense juntamente com a equipe técnica do SESC – Franca (Serviço Social do Comercio), com o objetivo de criar uma entidade social que atendesse aos moradores do bairro.
A nova entidade recebeu o nome de Centro Comunitário “Maria do Rosário”, em homenagem muito merecida à antiga moradora do bairro Santa Cruz, Maria do Rosário do Nascimento, nascida em 01 de Abril de 1896, que havia falecido a pouco mais de dois anos, em 20 de janeiro de 1977, filha de Manoel Andrade do Nascimento e de Marcilhina Maria da Conceição.
Referências:
1. (Documentos Interessantes –Vol. XI).
2. Relatos Orais
3.  Monografias de Carmelino Correa Junior.
4.  Livro de Tombo da Paróquia de Nossa Senhora do Patrocínio
5.  Almanaque Histórico de Patrocínio Paulista, SP. 1985.
6.  Anais do VII Simpósio de História – Belo Horizonte – MG.